terça-feira, 6 de abril de 2010

Carlos Gomes no mapa do Brasil (11)


Frente e verso da antiga nota de 100 cruzeiros
com D. Pedro II* (f) e a Cultura Nacional (v)


Quem nunca viu um pium não deve reclamar dos olhos ou dos óculos.

Pium não se vê, mas se sente na coceirinha infernal que aqueles bichinhos deixam depois que picam a pele do descente. Não é a toa que os tupis dizem do pium "aquele que come a pele". São os irmãozinhos, primos ou qualquer grau de parentesco próximo dos borrachudos e, portanto, devem ser da familia dos simulideos. O Aurélio garante que são dípteros, sobre o quê só posso concordar sem pestanejar porque nunca vi um de perto para ter certeza disto. Mas, se está no Aurélio, a gente acredita e espalha. Além de dipteros, parentes canhotos das muriçocas, pode-se dizer que são antliados, halterados, hauterípteros e haustelados. Muita coisa para um bichinho tão pequeno.

De todo modo,  a cidade de Paraiso do Tocantins surge emancipada em 1963 a partir do desmembramento do municipio de Pium que leva o nome pelo excesso dos bichinhos no passado ou por outra razão que não consegui saber. Fica o desafio para os historiadores do Tocantins.

Em Paraiso do Tocantins, cidade muito antes da capital do Estado - Palmas - há uma Rua Carlos Gomes cruzando a Vinicius de Morais. Um modelo de convivência e memória que mais uma vez demonstra a convergência entre aqueles que trabalharam a qualidade da música e da poesia, cada um a sua maneira. Transversalmente.

(*) D. Pedro II,  Imperador do Brasil ao tempo de Carlos Gomes.