quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dilemas Contemporâneos da Cultura (13)

L'Opéra Paris Garnier
Frank Meyers Boggs
Democracia não é fácil.

O processo democrático é mais demorado. Evitando a saída fácil da metáfora, mas optando pela analogia adequada, a democracia, como toda edificação, constrói-se pela base. Isto significa que este dificil exercício do diálogo deve nortear as relações na atividade Cultural.

A possibilidade de se construir políticas Culturais adequadas sem a consulta prévia aos artistas que de fato exercem as atividades específicas é praticamente nula, pois o projeto deve nascer destas relações construídas por intermédio de indivíduos e também de entidades com caráter associativo.

Se entendemos que políticas e seus programas são necessários a partir do poder público, também devemos imaginar que estas atividades têm como fundamento a busca de sustentatibilidade para não cairmos também na triste constatação de que ao se construir um Estado que tudo deve nada mais estamos que fortalecendo aquele que tudo pode.

Também não devemos cair no erro de que sustentabilidade seja ausência de participação do Estado no financiamento da Cultura. Há programas que não fecham a conta e não fecharão jamais, sendo no entanto, imprescindíveis. 

Sustentabilidade está muito mais associada à garantia de direitos do Cidadão e à garantia do exercício saudável da produção Cultural.