quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dilemas Contemporâneos da Cultura (57)


Hoje estou "perturbado", com a "macaca", da "pá virada", de "ovo atravessado". Se você tiver mais designativos semelhantes, mande, pois é sempre bom aprender coisa nova.
Comecei assim para me antecipar ao fato já que eventualmente um ou outro irá dizer que estou "com um outro destes ataques aí de cima". Só para não esquecer, não "dou piti", "ataque" ou coisa parecida. 
Lembrando o Millor Fernandes, "chato é o sujeito que não pode ver um saco vazio".
Pois é: estou cansado dos chatos de plantão. 
É impressionante o que tem de gente chata à espreita de uma oportunidade para dar um pitaco. Vejam alguns exemplos.
Prestem atenção e observem quantos são capazes de dizer sem a menor base que não há público para a ópera, para a música erudita. Que as empresas não patrocinam, porque não há qualidade. Vejam o que já foi dito de bobagem sobre a OSESP, salários de maestros. Sobre o Teatro Municipal de São Paulo então... 
É preciso entender que não foi falta de público, falta de dinheiro para patrocínio, falta de teatro o que levou à derrocada da Cia de Ópera do famoso maestro e seus parceiros. Eles mesmos disseram que tiveram público, tiveram dinheiro, tiveram teatros. Portanto, o problema é interno, coisa deles, entre eles e da maneira como dirigiram o negócio. Se tivesse dado certo como seria o ideal, tudo estaria perfeito. Como deu errado, a culpa é dos outros e, o que é pior, um monte de gente querendo "ajudar" dizendo com a maior cara de pau coisas das quais não entendem uma vírgula... Tsc, tsc, tsc...
A mesma coisa, o Municipal. O Teatro está lá, as obras em andamento, vai inaugurar em 3, 6 meses, 1 ano ou 2. Eles estão trabalhando, fazendo do jeito que acham certo, ninguém sabe direito quais as dificuldades. Posso não concordar com a estratégia, com o modelo adotado, com isto ou aquilo, lamentar o fenômeno, até ser contra esta ou aquela pessoa. Mas daí a sair batendo, dizendo qual a solução, dizer quem deve ocupar este ou aquele cargo, é um palpite de chato. 
Está cheio de gente que começa a crítica dizendo "se fosse eu, faria isto, isto e isto".
Habilitem-se chatos. Está cheio de cargos precisando de gente que faça direito.